quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

12 Filosofia Oriental


Filosofia Oriental: Relação com a dança do ventre.




Antes de desenvolver a escrita o homem já possuía uma espécie de linguagem própria, ligada diretamente às figuras geométricas representativas... A arte da dança do ventre também é uma forma de expressão à feminilidade em seus vários aspectos, essa dança era considerada a representação da mãe divina, onde a formação dos triângulos desenvolvidos e representados pela bailarina deve-se a uma das formas geométricas mais apreciadas desde a antiguidade.

Para isto devemos conhecer melhor esta figura representativa: A figura do triângulo representa o indivíduo como um todo em seu desenvolvimento físico estrutural, da mesma forma, trabalhos com articulações e músculos são visivelmente demonstrados e representados pela bailarina através de seus movimentos, marcados e ondulatórios aplicados a dança...

Para se obter um trabalho de consciência corporal desta figura, é necessário que a bailarina trace linhas imaginarias em seu corpo, dividindo-o em triângulos, o ideal é que se obtenha pelos menos três triângulos imaginários para que se consiga uma divisão estrutural, quase que um isolamento para as partes onde foram” traçadas” as linhas. Depois de entender e dominar a técnica deve-se ser aplicada a dança, partindo dos três princípios básicos representados pela feminilidade: Criação, manutenção e destruição, são estes os aspectos que iram determinar sua divisão para as fases da vida e para seu crescimento físico e emocional.

Criação: A mulher em seu apogeu como doadora da vida, uma fase em que é possível seduzir e gerar, acima de vaidades, está consciente de seu poder para atrair, cativar, amar e conceber. Fase de constituição familiar.

Manutenção: Como doadora da vida, é responsável por um novo ciclo que se inicia, manutenção e sustentação para esta nova vida são necessários para que a fase da destruição não chegue antes do previsto ou ditado pela natureza. Fase em que a mulher se dedica a família.

Destruição: A palavra pode parecer “forte”, mas nesta fase a mulher é definida como uma verdadeira guerreira, aquela que pode gerar e sustentar... Aniquilando todo o mal ao redor de seus entes queridos. Esta fase também é representada pela morte desta guerreira por ter cumprido suas metas ou da mesma forma, vista como protetora eterna dos passos daquele que gerou...

Como nas fases da vida, devemos levar isto para a dança, despertando a consciência para a força existente como mãe divina e protetora... Expondo todo seu poder como doadora da vida, apaixonada, segura e confiante para enfrentar todos os seus medos e anseios.


  •       Nesta filosofia encontraremos outras figuras geométricas relacionadas ao conceito Delta, variações que também se encontram relacionadas aos ciclos da vida e por muitas vezes aplicadas à dança oriental.


Fonte da Pesquisa:
 BENCARDINI, PATRÍCIA - Dança do Ventre, Ciência e Arte. - São Paulo, SP: Ed. Baraúna, 2009.
PENNA, LUCY COELHO – Dance e Recrie o Mundo, A força criativa do ventre. – São Paulo, SP: Summus Editorial, 1993.






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